O etheree é um
poema pouco
conhecido, constituído por dez versos com sílabas graduadas. Ele
foi criado pelo
poeta Etheree Taylor Armstrong, de Arkansas, na década 1970.
O primeiro verso é monossílabo;
o segundo, dissílabo,
e assim sucessivamente,
até o décimo
verso, que
é decassílabo. Os elementos mais importantes
deste poema são
a coerência, ideias criando um pensamento completo, mas sucinto, e a estrutura,
cuja importância
está no número de sílabas,
pois o etheree dispensa
metro e rima.
Requer título.
Além do etheree básico, que é o
ascendente, (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
10), existem o invertido, que
é o descendente (10, 9, 8, 7, 6,
5, 4, 3, 2, 1), o duplo (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
10, 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1), que também pode ser assim: (10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 1, 2, 3, 4, 5,
6, 7, 8, 9, 10), o triplo: (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,
9, 10, 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) e outras
variações.
Observação: os números entre parênteses significam o número
de sílabas poéticas
de cada verso.
Referências:
http://allpoetry.com/class/show/Etheree%20Experiments
http://www.webook.com/project/HalfMoon
http://www.poetrysoup.com/poems/etheree
Sem ti
Passa
A lua
Eu... sozinha...
Brota a saudade.
Tu e eu...
um desejo...
Ficarmos juntos sempre.
Por um
momento te
vi
Bordado por
fios de prata,
Mas te
desvaneceste nas sombras,
Transitório como
foi nosso amor.
Como
um rio...
Os obstáculos
contorno cantando.
Com saltos ruidosos pulo alturas,
Transformo-me em
véus cristalinos,
Que maravilham olhares.
Sempre em frente viajo.
Espera-me o mar
Com quem irei
Conhecer
O mundo
Todo.
Como
Um rio
Peregrino
Pelas campinas,
Matas e cidades,
Distribuindo vida.
Em mim adormece os sol
E à noite,
espelham-se as estrelas.
Minhas águas abraçam a terra,
Consolando-a do descaso
dos homens.
Textos: Mardilê Friedrich Fabre
Imagens: Google