quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Etheree

O etheree é um poema pouco conhecido, constituído por dez versos com sílabas graduadas. Ele foi criado pelo poeta Etheree Taylor Armstrong, de Arkansas, na década 1970.

O primeiro verso é monossílabo; o segundo, dissílabo, e assim sucessivamente, até o décimo verso, que é decassílabo. Os elementos mais importantes deste poema são a coerência, ideias criando um pensamento completo, mas sucinto, e a estrutura, cuja importância está no número de sílabas, pois o etheree dispensa metro e rima.
Requer título.

Além do etheree básico, que é o ascendente, (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10), existem o invertido, que é o descendente (10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1), o duplo (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1), que também pode ser assim: (10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10), o triplo: (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) e outras variações.


Observação: os números entre parênteses significam o número de sílabas poéticas de cada verso.

Referências:

http://allpoetry.com/class/show/Etheree%20Experiments
http://www.webook.com/project/HalfMoon
http://www.poetrysoup.com/poems/etheree



Sem ti 

Passa
A lua
Eu... sozinha...
Brota a saudade.
Tu e eu... um desejo...
Ficarmos juntos sempre.
Por um momento te vi
Bordado por fios de prata,
Mas te desvaneceste nas sombras,
Transitório como foi nosso amor.



Como um rio... 

Os obstáculos contorno cantando.
Com saltos ruidosos pulo alturas,
Transformo-me em véus cristalinos,
Que maravilham olhares. 
Sempre em frente viajo.
Espera-me o mar
Com quem irei
Conhecer
O mundo
Todo.
Como 
Um rio
Peregrino
Pelas campinas,
Matas e cidades,
Distribuindo vida.
Em mim adormece os sol
E à noite, espelham-se as estrelas.
Minhas águas abraçam a terra,
Consolando-a do descaso dos homens.

Textos: Mardilê Friedrich Fabre
Imagens: Google

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