A Vilanela surgiu no século XVI, na Itália, como letra que
acompanhava canções napolitanas. Como forma de poesia e de canção, estendeu-se
também pela Inglaterra. Depois, estendeu-se aos demais países como expressão
poética. No Brasil, talvez devida a musicalidade dessa modalidade poética,
obteve grande apreço dos poetas.
A vilanela é um poema formado por uma quadra e vários
tercetos (sem número definido), com a métrica de versos em redondilha maior (7
sílabas), e a rima alternada (A,B – duas rimas apenas). O primeiro e o terceiro
versos da primeira estrofe aparecem alternadamente como último verso nas
estrofes seguintes.
Uma variante da vilanela surgiu em Portugal. Começa com
tercetos que repetem alternadamente dois versos, que são o 3º e 4º verso da
quadra que termina a poesia.
Referência:
Versejo à mulher
formosa
e me
faço poesia .
Versejo à mulher
formosa
e tudo vira magia .
O mundo está cor-de-rosa ,
Minh´alma em todos confia,
A expectativa
em mim
tosa
A insipidez deste dia :
Versejo à mulher formosa .
A sina que se
desfia,
Versejo à mulher formosa .
Desaparece ela esguia ,
O milagre propicia:
Versejo à mulher formosa .
A tristeza
em demasia ,
Do concreto se esvazia.
Versejo à mulher formosa .
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:peapaz.ning.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário