domingo, 24 de agosto de 2014

Fibhaiku



O fibhaiku (nome formado de Fibonnaci + Haiku) é um poema minimalista da família do haicai. Atribui-se sua criação ao poeta John Frederick Nims em 1974.


Algumas normas para redigir um fibhaiku (fib):


• o título é obrigatório e faz parte do poema;


• tem 20 sílabas poéticas, que incluem o título, o qual entra na contagem de versos como o primeiro;


• o segundo verso deve ser um dissílabo paroxítono, porque deve ter apenas um som, sendo assim um dissílabo oxítono não cabe nesse verso, pois ele ficaria com dois sons;


• a contagem de sílabas poéticas dos versos segue a sequência de Fibonacci (1,1,2,3,5,8,13...): cada verso tem o número de sílabas poéticas, que é a soma das dos dois versos anteriores: título, que é o 1º verso, uma sílaba poética ; 2º verso, 1 (considerando-se que antes do 1º verso, o número de sílabas é zero); 3º verso (soma das sílabas do título (1º verso) com as do 2º verso), 2; 4º verso, 3; 5º verso, 5, 6º verso, 8...) em uma sequência infinita;


não aceita duetos (é uma sequência infinita);


• nele pode-se expressar o subjetivo: sentimentos, emoções, estado de alma.

Referências



http://gottabook.blogspot.com/2006/04/fib.html
http://laminute.canalblog.com/archives/2006/09/18/2224350.html
http://blogue.bandeapart.fm/2006/05/le_fibbing.php
http://www.numaboa.com/escolinha/historia-matematica/102-finobacci
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=20629
http://recantodasletras.uol.com.br/forum/index.php?topic=4557.0

Seguem dois exemplos de fibhaikus criados por mim.



Não
Amor
Sem respeito.
Brado minha dor.
Com brilhos entendem-me as estrelas.
Solidárias comigo, cicatrizam-me as chagas.


Forte
Vento.
Açoita
Flores e árvores.
Raios e faíscas
Abrem chagas no céu escuro.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagens: Google


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