Segundo
Houaiss, é uma “composição poética de assunto melancólico, formado de estâncias
de quatro versos de cinco sílabas”.
O
termo endecha é derivado do latim (declaração das virtudes dos mortos)
e designa a composição poética que remonta à Grécia Antiga, variante da elegia,
com a qual se cultivavam as ladainhas ou cantos fúnebres. A diferença entre
elegia e endecha é que a segunda é um poema mais curto.
Em
Portugal, a endecha foi cultivada do séc.XVI ao séc.XVIII e não apresentava o
tema fúnebre originário.
Para
escrever uma endecha o essencial é obedecer às normas:
estrofes:
quartetos;
métrica:
versos de cinco ou seis sílabas;
rima: esquemas ABCB, ou ABAB ou ABBA;
tema:
composição triste e melancólica;
título:
obrigatório.
Usa-se
também a palavra endechas (no plural) porque o poema é constituído por mais de
uma estrofe.
Referência
http://www.poemas-de-amor.net/endechas_a_barbara_escrava _luis_de_camoes
Sinto
falta
Ah!
o teu adeus...
Ecoou
em mim...
Tão
tristonho o fim
Dos
carinhos teus.
Como
sinto falta
Da
sabedoria.
A
paz transmitia
Sempre
em voz alta.
Hoje
só agruras
Em
minha pobre alma...
Nem
o eco acalma
Do
lume e das juras.
A
saudade dói
Como
um punhal
Que
goteja o mal,
E
a perda corrói.
A
dama de véu
Levou-te
sem pena.
Fim
de vida amena.
Foste
para o céu.
Lágrimas
verti,
Perdi
a alegria,
Quando
te veria?
Amarguei
sem ti.
Ainda
te vejo.
Quieto
me escutas
Traçar
minhas lutas,
Revelar
desejos...
Só
o que me resta
É
a firme espera.
Um
desejo impera:
Poder
ver-te em festa.
Mardilê Friedrich Fabre
Imagem:reencontros-dinamc.blogspot.com
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