domingo, 20 de julho de 2014

Elementos do Poema: Verso

VERSO é uma linha do poema. Pode ou não ter sentido completo. 

Quanto ao número se sílabas poéticas, os versos são classificados em

Monossílabos - 1 sílaba poética
Quem
Vem
Traz
Paz?
(Mardilê Friedrich Fabre)


Dissílabos - 2 sílabas poéticas
Fervor
Ao amor?
Pavor
Da dor?
(Mardilê Friedrich Fabre)

Trissílabos - 3 sílabas poéticas
Vem a aurora
Presurosa
Cor-de-rosa,
Que se cora
De carmim.
(G. Dias)

Tetrassílabos - 4 sílabas poéticas
O inverno brada
forçando as portas
Oh! Que revoada
de folhas mortas
o vento espalha
por sobre o chão...
(A. de Guimarães)

Redondilhas menores (pentassílabos) - 5 sílabas poéticas
De amar aprendiz,
não soube o que fiz:
abri cicatriz
que pensei sem raiz.
(Marilê Friedrich Fabre)

Hexassílabos - 6 sílabas poéticas
Ó aves peregrinas!
Por esse azul arqueado
Soltai canções divinas:
É hoje o meu noivado.
(G. Crespo)

Redondilhas maiores (heptassílabos) - 7 sílabas poéticas
Meu desvalido coração
implorou tanto por ti!
Ouvindo nossa canção,
às lágrimas sucumbi.
(Marilê Friedrich Fabre)

Octossílabos - 8 sílabas poéticas
Tímida espera a bailarina
O momento de em cena entrar.
Vestida como Colombina
Mal sente seu Pierrot chegar.
(Mardilê Friedrich Fabre)

Eneassílabos - 9 sílabas
Falam deuses nos cantos do piaga,
Ó guerreiros, meu canto ouvi.
(G. Dias)

Decassílabos - 10 sílabas poéticas
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
(Vinicius de Morais)

Hendecassílabos - 11 sílabas poéticas
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros.
(G. Dias)

Alexandrinos (dodecassílabos) - 12 sílabas poéticas
Verdes, os astros no alto abrem-se em verdes chamas;
(O. Bilac)

Bárbaroscom mais de 12 sílabas
Bamboleando teu corpo moreno na cadência do samba,
(Mardilê Friedrich Fabre)

Verso livre é o verso sem o rigor métrico. Surgiu no Modernismo para indicar a rebeldia dos poetas contra o rigor imposto pelos poetas das escolas literárias anteriores.

Referências
ALMEIDA, Silas Leite de. Curso prático de português. Belo Horizonte: Vigília, 1971.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 46. ed. São Paulo: Nacional, 2005.
http://www.ufrgs.br/proin/versao_2/goldstein/index13.html Acesso em: 1 out. 2006.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rima Acesso em: 1 out 2006.
http://www.casadacultura.org/d/boletim/2005/BIS2005_jun29_conveniado.htm Acesso em: 1 out 2006.
http://www.recantodasletras.com.br/autores/mardile Acesso em: 1 out. 2006.

Mardilê Friedrich Fabre

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