sexta-feira, 25 de julho de 2014

Indriso: teoria e prática


Poema criado pelo poeta espanhol Isidro Iturat, que atualmente reside em S Paulo (Brasil). Este é um poema derivado do soneto. O poeta publicou seu primeiro indriso em 2001. 

O poema é composto por dois tercetos e dois monósticos (estrofes de um verso), podendo haver variaçõe na disposição das estrofes:

1 monóstico, 1 terceto, 1 monóstico, 1 terceto;

1 terceto, 1 monóstico, 1 terceto, 1 monóstico;

2 monósticos, 2 tercetos;

1 terceto, 2 monósticos, 1 terceto;

1 monástico, 2 tercetos, 1 monóstico.

Admite qualquer tipo de rima e de métrica e versos brancos e soltos e qualquer número de sílabas. O título é obrigatório.


Referência:




Fugir da monotonia 

Todos os dias a monotonia
Alojada em mim. Desertar...
Depois exigir alforria. 

Quebrar os grilhões dos costumes
Da insipidez. Revisar...
Rejeitar choros e queixumes. 

Descobrir sorrisos nas flores. 

Introjetar outros valores.


Liberdade

Navego em mares desconhecidos,
Desbravo sentimentos evadidos,
Venço monstros hostis e silenciosos.


Solta, ascendo do negro precipício.

Liberta, voo nas asas inconsequentes

De devaneios inconscientes.
Descubro meus caminhos misteriosos.


Livre por fim, irrompo do suplício.


Mardilê Friedrich Fabre
Imagens: Google



3 comentários:

  1. Excelentes! Também já me aventurei nesta senda. Abraços.

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  2. Gostei dos poemas. Não é um estilo que estou acostumado a compor, mas pelo pouco que vi não é difícil. Quem sabe um dia eu me aventure hehehe.

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  3. lembra o soneto, sem as exigências de perfeição na métrica e rimas perfeitas. Amei. Aula simples e esclarecedora.

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